terça-feira, 9 de março de 2010
Agora dorme
Depois de um pesadelo
Quando finalmente consegui acordar
não conseguia levantar da cama
Era como se eu não tivesse forças
Ou tivesse tanta força que não sabia como usar
Ainda tava escuro, pois me lembro de ter pego o celular debaixo do travesseiro para iluminar
Mas nos meus dedos não tinha força
Ou parecia que as teclas estavam travadas com uma barra de ferro
Levei até a boca para morder e me lembro até de ter descascado a tinta
Vestigios de plástico em minha boca
Me faziam sentir o gosto de minha fraqueza
O esforço não foi o bastante e ainda estava escuro
Parecia que alguma coisa me prendia na cama
E nem ao menos eu conseguia gritar
Senti medo
Comecei a ficar desesperada
Imóvel
Derepente eu acordo
Ofegante
Procuro o celular com uma caimbra terrível
Sem noção de espaço e o braço mole
Como no sonho, algo me segura contra a cama
Tento lutar
Dessa vez eu chego até a porta do quarto
Mas num piscar de olhos estou na cama novamente
Abro os olhos
Coração acelerado
Penso se estou acordada
Queria levantar mas tinha medo de não conseguir
Ficaria desesperada, entraria em pânico
Num pulo só me levanto da cama
Caminho em direção ao quarto de minha mãe
Rápido
Antes de estar na cama novamente
Não sei se sem piscar os olhos ou sem mesmo abri-los
Enquanto caminhava, nem mesmo sabia se dessa vez estava acordada
De uma maneira ou de outra continuava dormindo
E nem lembro o que sonhei.
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