domingo, 29 de maio de 2011

O amor é filme!

Pra Ele ser promovido, terá de enfrentar a estrada.
Onde em 'bonfim' se chega e o afeto vive.
Aumenta o zoom, na hora certa congela.
É matéria prum jornal inteiro na moldura reciclada de uma foto nossa.
Luz, câmera, ação. O tempo amanhã! Agora, o tempo.
Corre as ruas para algum lugar, é surpreendido por uma pedra no meio do caminho e cai por distração.
É obrigado a retroceder o caminho de pneu furado, alimentando o foco à frente.
Enquanto isso: mão atadas no meu guidom.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

À passeio (ou "Contente a deslizar na correnteza do viver..")

tem um bilhete em cima da mesa...

Sua maluca, despirocada, como é que não avisa que a mãe vai passar aqui?
Eu no milésimo sonho e tudo o mais bagunçado, as pontas em cima da mesa e a música espalhada pela sala.
Chegou com o eletricista pra botar o banho quiente, consertar a campainha e separar o funcionamento das luzes da sala. Ainda colocou uma prateleira na cozinha.
Só saiu depois de passar a vassoura e o pano. Depois que arrumou tua cama, fumou três cigarros, fez a velha assistência psicológica ao trabalhador e deixou com uma conta paga em cima da mesa.
Enquanto isso, eu na pia e rafinha na instalação da sala. Iniciativa tia ivana.
Essa mulher, assim como você, não existem. Continua me surpreendendo na cozinha, mas as palhaçadas patati patata marcaram até o meu abdômen. sem exageros. agora, confesse que o molho só funciona porque eu to sempre em cima dele! Um epsódio super Normal.
Só não foi normal, ontem, sentir tanto sono de não conseguir dormir, haha, bateu.
Agora a área tá limpa, quando chegar me liga.
Ps: tu merece outro abraço, só por eu ter me lembrado o motivo de ter me levantado pra te dar um abraço ontem!
Obrigado.

(colagem)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Do além

Esse cara que veio aqui em casa sem ser convidado, dirige suas palavras como um mago a me dizer que o mundo é meu. Contesto. É nosso!
Cara ou coroa, ele sabe e joga bem.
Se meu pensamento vai além, ainda quero alcançá-lo. Fazer p-arte e pro-criar.
Amigo da mãe, sou filha da mesma, caçula e carrego o peso da separação sobre o pai celestial que me deu o nome e a asa pra sair do chão, e de perto, sem o peso do barro que me formou e me fez ser humano e ter certidão.
Meu gosto pela música te faz achar que não deveria ser tão inquieta porque ainda não sabe aonde ele vai parar. Nem o som, nem eu.
Se a arte predomina o ser, este vai além de si, e podendo se perder é possível.
Só reproduzo.

Economia criativa!

(cortinicotico)
"Se o seu ato não é meramente econômico, então ele é criativo!"
Reciclar faz p.arte

cheia de maio

domingo, 15 de maio de 2011

sábado, 14 de maio de 2011

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Superstar

Para salvar o que sobrou, o passado me abraça em sua forma jamais esquecida na velha esquina da boêmia de nossas lembranças. Esqueço tudo para me reduzir ao acaso, como sempre me disse repetindo agora, aqui, como se fosse a primeira vez e tudo que jamais existiu em qualquer carnaval. "saudades é só medo da morte". Agora mais perto do chão sinto-me a um passo da plenitude. Mas sei que vou cair porque estou de pernas pro ar, e ainda viver cem anos.
Não pude conter o choro, era como se nascesse ali, uma resposta à vida enquanto o céu se enrolava numa caixa para ser guardado longe da gente. Meu coração enrolado nele, escapuliu em rodas para tomar os 3 segundos à frente. futuro. A noite chega, ele vai embora. (o ciclo jamais se completa)
Enquanto isso: me renovo
"Tudo se integra num instante como na perfeição."
Walmir Ayala, em homenagem a Maria Leontina
"Nós temos momentos complexos que queremos deixar num quadro, formas que simbolizam harmonias ou conflitos. Às vezes, falamos meio ansiosos, como se tivéssemos muito a contar. Outras vezes, contidos, falamos tranquilamente. Ou então, estamos no ar e transmitimos aereamente o que sentimos" Maria Leontina
(maria leontina)
03/05 - 19/06
Caixa Cultural Salvador

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Navegar é preciso?

Os dias em que não se viram custaram a passar até que se vissem novamente. Se corresponderam mas nada foi igual ao encontro da carne viva. Não o primeiro, aquele desaguou com a primeira chuva. Não houve comunicação. Custosa ida contra o vento a troco de (s) gosto. Ela de paz e amor, ele com o rei na barriga, não teve jeito. Foi cada um em seu copo navegar pro lado oposto.
Só nuvens.
Quando o tempo abriu já estava com ele do lado de lá onde aparece a lua mais perto toda vez que nasce. Lá a conversa se descobriu fazendo valer o dia a dia do sol poente. Pois despidos não sobra mais que a forma exata, como haveria de ser.
A vontade de tomar o outro pra sempre saciada num instante de fogo que acaba ali com a fina chuva que a telha consegue filtrar pra dentro. Qualquer toque é um choque de energia na carcaça molhada por pingos esporádicos. Poro um, poro um outro. Os corpos ainda vibram ao se saber lado a lado, pois só dentro acalma, mesmo que passe. Até que passa e ela volta com o sol sem tirar nem por. Só por ser livre, ainda que de vista.
Enquanto isso: "Ao passar, os tinha visto sentados nas salas com o olhar absorto e os braços cruzados, sentindo transcorrer um tempo inteiro, um tempo sem desbravar, porque era inútil dividí-lo em meses e anos, e os dias em horas, quando não se podia fazer nada mais que comtemplar a chuva." (Cem anos de solidão)

domingo, 8 de maio de 2011

Porto Mar

As ondas vem e vão, mas o porto continua lá onde o sol se põe.
S. de tamanho a-mar.

celular

Um passo pra trás e o medo te toma porta a frente do abismo e incertezas dum caminho sem volta, entrar, recuar, a casa dentro
na janela, já nela o mar, reminiscências e três pontos
desencontros à tempo
eis a questão
mundo cão
salve-se quem quiser
sonhar
e um passo ped ao ar .